Descobri recentemente que aquilo que vivemos na infância nos
persegue pelo resto da vida. Por exemplo, um trauma causado a uma criança, se
desenvolve e pode causar uma doença psicológica quando esta chega à maturidade.
Não que seja uma regra. Há quem diga que isso não passa de um mito, que é feliz
quem quer, e que até a infância mais conturbada pode ser superada. Eu acredito
que há sequelas. Podem não ser visíveis a olho nu, mas estão lá. Em algum
lugar, bem no fundo de cada pessoa. Senão como podemos explicar as fobias e
depressões? Por isso eu acredito que o estágio mais importante na vida de uma
pessoa, é a infância. Porque é esse estágio que determina o que ela vai se
tornar, sua expectativa de vida, conquistas e derrotas. Confesso que não sou
muito chegada em crianças, mas mudei meu modo de pensar sobre elas.
Principalmente porque até o mais idoso, tem um pouco da infância dentro de si.
E eu sei que sempre posso encontrar minha criança interior, e nem preciso
procurar muito. Porque ela está aqui dentro. Sempre. E por mais que eu tente
ser adulta e madura, em relação a alguns assuntos ela me domina. Não consigo
expulsá-la. Também não quero. Não mais. Porque ela me fez ser quem eu sou hoje.quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
A criança em mim.
Descobri recentemente que aquilo que vivemos na infância nos
persegue pelo resto da vida. Por exemplo, um trauma causado a uma criança, se
desenvolve e pode causar uma doença psicológica quando esta chega à maturidade.
Não que seja uma regra. Há quem diga que isso não passa de um mito, que é feliz
quem quer, e que até a infância mais conturbada pode ser superada. Eu acredito
que há sequelas. Podem não ser visíveis a olho nu, mas estão lá. Em algum
lugar, bem no fundo de cada pessoa. Senão como podemos explicar as fobias e
depressões? Por isso eu acredito que o estágio mais importante na vida de uma
pessoa, é a infância. Porque é esse estágio que determina o que ela vai se
tornar, sua expectativa de vida, conquistas e derrotas. Confesso que não sou
muito chegada em crianças, mas mudei meu modo de pensar sobre elas.
Principalmente porque até o mais idoso, tem um pouco da infância dentro de si.
E eu sei que sempre posso encontrar minha criança interior, e nem preciso
procurar muito. Porque ela está aqui dentro. Sempre. E por mais que eu tente
ser adulta e madura, em relação a alguns assuntos ela me domina. Não consigo
expulsá-la. Também não quero. Não mais. Porque ela me fez ser quem eu sou hoje.domingo, 1 de dezembro de 2013
No natal vou pedir pro Papai Noel trazer...
Quando
eu era pequena, costumava te esperar. Me arrumava toda. Colocava meu melhor
vestido, os sapatos novos, uma fita no cabelo e esperava. Eu não saía para
brincar com as outras garotas, para não me sujar. Era uma boa garota. E quando
você não aparecia, eu era a melhor em inventar desculpas por você.
Todo
aniversário eu sentava ao lado do telefone e mais uma vez esperava. Ficava ali
o dia todo. Assistia aos desenhos, comia, e terminava o dia dormindo junto ao
telefone. Ele nunca tocou. Mas eu ainda tinha um estoque de justificativas que
você poderia usar.
E era
natal de novo. Época de escrever o que você queria ganhar e deixar na árvore. A
regra era que a criança que se comportasse durante o ano todo tinha direito a
um presente do famoso Papai Noel. Eu não me preocupava com isso, afinal sempre
fora uma menina educada e comportada. Sempre tirava notas boas na escola,
respeitava todos à minha volta, dormia cedo, não falava palavrões, ajudava em
casa e não reclamava. Era evidente que eu tinha direito a um presente. E eu já
sabia o que eu queria. O que eu pedia todos os anos.
“Querido Papai Noel, eu fui uma boa garota
esse ano. Tirei nota máxima em matemática, fiz duas novas amigas e arrumei o
meu quarto todos os dias. Eu esperei esse ano, mas ele não veio. Então de
presente para o ano que vem, eu quero meu pai. Prometo me comportar e aumentar
minha nota de ciências. E você promete deixar ele me visitar?”
Eu
queria mudar minha carta esse ano. Mas a verdade é que não estou pronta para deixar
de te esperar.
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