sábado, 26 de outubro de 2013

É tão difícil escrever quando não se sabe exatamente o que dizer. Expressar-se é uma necessidade, mas nem sempre é possível. O nó na garganta continua aqui e não há quem possa desatá-lo. Está começando a sufocar, e aos poucos perco os sentidos.
Em meio à visão turva, posso distinguir sua silhueta se afastando, sua voz cada vez mais distante, seu perfume se perdendo no ar e suas palavras se acomodando em minha mente.

Mente barulhenta, conturbada, confusa, cheia de pensamentos masoquistas, conversas e roteiros que jamais aconteceram. Possibilidades e esperanças procurando algo para se agarrar, para não morrer. Mas isso não me preocupa, porque como dizem por aí ‘ a esperança é última morre’.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Tomar cuidado com o que digo é tão difícil pra mim. Ter que escolher as palavras, mudar os substantivos, amenizar nos adjetivos...  Por que você nunca intende aquilo que eu quero dizer. E eu não gosto de ser cautelosa toda vez que eu te vejo. Quero poder ser espontânea ao me expressar, sem me preocupar com que você possa entender errado. Mas eu preciso ser cuidadosa. Por que você se machuca tão fácil. Eu preciso ser menos objetiva, e menos sincera. Porque a sinceridade te maltrata. E você é tão frágil, que algumas palavras podem acabar com tudo aquilo que construímos. Por isso, por muitas vezes, prefiro ficar em silêncio.

Eu acredito que o silêncio não erra.