domingo, 9 de setembro de 2012

Sabe o que eu gosto de fazer?  Te olhar. Te olhar e reparar em cada detalhe seu. Te olhar e encontrar seus olhos verdes, enquanto me procuram, e ver o meu sorriso predileto nos seus lábios quando me encontram. Gosto do jeito como você me abraça, forte. Gosto dos seus braços em volta do meu corpo me mantendo colada no seu. Gosto de sentir seu coração bater mais rápido, no aperto de um abraço, ou mais lento na suavidade de um beijo.  Sabe, eu gosto do seu beijo. As vezes lento, com todo aquele carinho, e as vezes desesperado, desejado, como se não se tivéssemos mais tempo.  Eu gosto das suas mãos entre as minhas, gosto quando sussurra nos meus ouvidos, e até quando sente ciúmes. Adoro o seu cheiro. Adoro aquele cheiro que fica em mim quando você se vai, me fazendo pensar que ainda está aqui, grudadinho comigo. E eu realmente gosto de ficar assim com você, como quem não quer nada, mas querendo tudo que esteja por vir. Querendo cada vez mais seus olhares, sorrisos, beijos, abraços...você.

terça-feira, 4 de setembro de 2012


Em uma cidade bem distante, onde contos de fadas não existem, o amor é desconhecido pelos habitantes.
- Amor? Lenda! História para boi dormir. - diziam.
O amor, a esperança, o príncipe encantado, só existiam nos livros em que ela lia. Folheava cada página com sede e desejo desse sentimento sublime, mas a verdade era que nesse mundo preto e branco em que ela vivia, o vermelho da paixão nunca se projetara.
Mas nesse dia ensolarado ela pôde ver, tocar e sentir o Amor. E ele era mais o menos assim: olhos negros, alto, nem gordo e nem magro. Ele tinha essas entradas distintas que o fazia parecer mais velho, mais maduro. Óculos pendiam bem acima de um nariz fino e a barba por fazer dava um ar mais sexy. A boca sempre curvada no sorriso mais lindo que já vira, deixando a mostra dentes brancos e retos.
Por dentro era tão bonito quanto por fora. Humilde, engraçado, romântico, carinhoso, corajoso, cavalheiro, o mais elegante possível. Ele tinha o dom de fazê-la sorrir, e rir nos momentos mais propícios. Era amável, confiável, mestre na arte de fazê-la feliz. E quando ele a abraçava, o mundo todo ficava fora de foco, e só restavam os dois, envolvidos. Ela se sentia segura nos seus braços fortes. As asas tatuadas nas costas fazia jus ao anjo que ele se tornara em sua vida.
Agora a cidade acinzentada tinha cores vibrantes. Ela descobrira que o céu é azul, da cor do mar, as folhas que pendiam nas árvores na primavera, eram verdes, que o brilho da lua iluminava a cidade inteira. Mas seu brilho preferido era o dos olhos dele. Ela descobrira que existiam borboletas no seu estômago, que se agitavam com a presença dele, que seu coração disparava com um simples toque, as pernas tremiam quando se aproximava, as mãos suavam, a voz falhava... mas seu beijo a acalmava.
Então percebera que o amor não era só uma lenda. Ele realmente existia e agora ela tinha certeza sobre isso. Podia sentir, podia tocar, abraçar, cuidar... E esse amor tinha um nome. Um nome de príncipe encantado. Um nome que ela escrevia ao lado do dela em todas as folhas de seu diário.
Em uma cidade bem distante, onde contos de fadas não existem, o nosso foi o primeiro e mais intenso!