quarta-feira, 14 de março de 2012

Cinco mulheres um meio-homem

Sozinho com cinco mulheres? O que fazer? Gritar, chorar? Ou quem sabe chamar pela mãe... Ah, não, a mãe também é mulher. O jeito é virar herói e saber conviver com cada uma.
Como foi parar ali? Isso não vem ao caso agora, mas ficar isolado em uma ilha com cinco mulheres e nenhuma delas ser da família, parece ser o sonho de qualquer homem. Agora, com esse sonho realizado, fica evidente que isso na verdade vem a ser um pesadelo.
Entre elas tem uma reclamona, quando não usa a boca pra chorar, é para resmungar e dizer " e agora? Estamos perdidas? O que vamos fazer?"
A outra fica pensando calada, pensa não se sabe no quê, mas com ela, todo cuidado é pouco, nessa situação pode até virar canibal.
Já vai anoitecer, são cinco para proteger. Duas são bem auto-confiantes  e acreditam que logo vai surgir um socorro no horizonte, ou até quem sabe um helicóptero sobrevoando.
Mas está faltando alguém... Talvez ela soubesse o que dizer, mas ao invés disso, já vem vindo com alguns gravetos para tentar fazer o fogo, que é sempre mais difícil do que parece. Alimento nessa noite não vai ter, mas uma fogueira para espantar os bichos está garantida. O difícil agora é decidir, quem vai ficar ao lado de quem? Por que um meio-homem só tem duas costelas, e neste páreo, só a canibal não faz questão desta disputa.
Duas costelas... Cinco mulheres.


Lidiane Policarpo

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