sexta-feira, 6 de maio de 2016

Coração acelerado, respiração ofegante e aquele arrepio na espinha. As ideias todas bagunçadas. Pra ela nada mais faz sentindo. Ela se perdeu ao te encontrar. Perdeu o chão quando se jogou em seus braços, perdeu a visão com o brilho dos seus olhos, perdeu a cabeça quando encontrou seu coração.
Éh, a vida tem dessas coisas de te tirar da segurança do que é estável e te jogar de cara no desconhecido.  Ela caiu do precipício, tão rápido que mal teve tempo de sentir medo. Pensou que cairia em seus braços, porque você estava lá, sorrindo, com a mão levantada, chamando-a. Mas ela passou direto, se afogou.
Éh, ela faz dessas coisas de se afogar em amores rasos. De mergulhar aonde não tem profundidade.
Dizem que ela é boba, inocente, ingênua. Mas a verdade é que ela gosta de acreditar nas pessoas. Gosta de acreditar em um sorriso, um olhar, em uma palavra. Mas às vezes aquele sorriso não foi pra ela, aquele olhar foi sem querer e aquela palavra, da boca pra fora. Acontece. Mais do que ela gosta de admitir.  Machuca. Mas fazer o quê?

Levanta, bate a poeira e vida que segue. 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Eu sei que te pedi para não me procurar, mas está doendo. Não saber como você está. Eu já sabia que ia doer. Mas pensei que conseguiria lidar com isso sozinha.
Para ser sincera, eu pensei que mesmo te pedindo para ir embora, você ficaria. Eu acreditei que sua vontade de ficar seria maior do que minhas palavras. Palavras que eu não queria dizer.
As lembranças me invadem no decorrer do dia. Em 24h eu já revivi cada beijo, senti teu cheiro e ouvi tua voz. Senti teu toque no meu rosto, na minha pele, no meu corpo. E ao abrir os olhos você não estava aqui.

Agora eu preciso aprender a viver sem você. De novo.  

terça-feira, 9 de junho de 2015

Acordei hoje com saudade. Sonhei com seus lábios, seu cheiro e seu carinho. Você me abraçava e me beijava como se fosse a única coisa importante no mundo. E naquele momento era. Não me pergunte onde estávamos porque eu não vou saber. Só me lembro dos seus lábios roçando os meus, suas mãos me acariciando e eu me perdendo no calor dos seus braços.

E parece que o seu cheiro ainda está em mim. E você ainda vive em mim... 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Risos, brincadeiras, loucuras, carinhos, abraços e beijos. É difícil pensar que isso não faz mais parte da nossa realidade.  Há dois anos estávamos nesse mesmo parque, iluminados pela luz das estrelas. Eu ria alto quando você me fazia cosquinhas. Meu coração acelerava a cada toque seu. Aquele frio na barriga só aumentava. Eu te contava meus segredos e você dizia que daria tudo certo. E sempre deu enquanto você estava aqui. A minha mão se encaixava perfeitamente na sua e não havia nada que eu gostasse mais do que o seu abraço. E quando o silêncio reinava, eu só precisava descansar nos seus ombros e estava em paz. Era incrível como seus olhos negros conseguiam me prender e decifrar meu olhar. Eu poderia mentir para todos, mas você conseguia enxergar a verdade. Você sempre pode me ver além do que todo mundo via. E entre sorrisos e sussurros eu me apaixonei. Você roubou a minha paz e o meu coração.. E eu gostaria de dizer que você cuidou dele melhor que qualquer outro, mas você ainda consegue ler os meus olhos e eu não poderia mentir.
É difícil acreditar quando alguma coisa boa termina. E é mais difícil ainda perceber que talvez não fosse tão bom assim.
À medida que o tempo passa você vai amadurecendo e aceitando que a vida não é aquilo que acontece na sua cabeça. Ela é muito mais do que isso.
Eu costumava achar que a vida se resumia em relacionamentos. E eu me entregava por inteiro para cada pessoa que estivesse ao meu lado. Mas não era recíproco. E não precisava ser. Porque eu não preciso viver por outra pessoa, mas por mim mesma. E não posso esperar que alguém viva por mim.. Aprendi isso recentemente. Estou me reeducando e me moldando, organizando minha vida. Mas ainda tenho fragmentos seus por todo o meu corpo. E a cada movimento ainda sinto seu toque, a cada respiração ainda sinto seu cheiro e a cada pensamento você está lá. Ainda vaga pelos meus sonhos durante a noite. Mas não está mais aqui quando eu acordo.

sábado, 30 de maio de 2015

[...] Sobre nós não há mais o que dizer. Após anos me enganando e mentindo para mim mesma eu pude ver o eu realmente queria.
- E se eu quisesse te beijar agora?
- Você não quer!
Ele disse como se fosse óbvio.
- Você está certo. Eu não quero sentir os seus lábios nos meus, não quero me perder nos seus braços - a cada palavra eu me aproximava mais - e principalmente não quero mergulhar em um mar de desejo, me fazendo esquecer tudo ao meu redor, para apenas sentir o prazer do teu corpo no meu.
A menos de cinco centímetros, os olhos marejados, finalmente nos rendemos ao sentimento acumulado com os anos.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Observador

Hoje é um daqueles dias em que nada acontece. O sol está lá fora, majestoso e quente como de costume. Mas aqui dentro reina a escuridão. Está gelado, frio e solitário. A vida está passando, o mundo está girando e eu sou apenas um observador iludido. Estou preso do lado de fora de onde tudo acontece. Posso enxergar pessoas correndo de um lado para o outro, indo atrás dos seus sonhos, de seus amores, rindo para os desconhecidos, distribuindo abraços e beijos por aí. Vejo as crianças brincando nas ruas, as arvores dançando ao som do vento, as flores desabrochando em todo lugar, os passarinhos cantando e rodopiando no ar. O mundo me chama para dançar. Mas não posso me mexer. A cada passo meu uma onda de dor percorre todo o meu corpo. Debruçada na janela sinto como se não pertencesse àquele lugar. O brilho forte do sol fere meus olhos. A vida que observo não está nem próxima da minha realidade. É impossível acompanha-la de onde estou. Me resta observa-la.